Por que quase ninguém vê o que você publica na internet

Publicado por: Feed News
18/12/2025 15:12:34
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Milhões de vídeos são publicados todos os dias, mas apenas uma fração ínfima atravessa o filtro invisível dos algoritmos e chega ao público.
Milhões de vídeos são publicados todos os dias, mas apenas uma fração ínfima atravessa o filtro invisível dos algoritmos e chega ao público.

Estudo revela que a maioria absoluta dos vídeos nunca chega ao público

 

Durante anos, fomos levados a acreditar que plataformas como o YouTube representam uma vitrine democrática, aberta e meritocrática. A promessa era simples: publique, seja consistente e o público virá.
Mas essa narrativa não se sustenta mais — se é que algum dia se sustentou.

 

Um estudo liderado por Ethan Zuckerman, da Universidade de Massachusetts em Amherst, revelou algo desconfortável: a imensa maioria dos vídeos publicados no YouTube simplesmente não existe para o público. Não porque sejam ruins, mas porque não interessam ao algoritmo.

 

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores ignoraram totalmente recomendações, tendências e perfis personalizados. Criaram um sistema que acessava vídeos por endereços aleatórios, revelando um retrato cru do que realmente está lá — e que ninguém vê.

 

Os números continuam chocantes, mesmo anos depois:

Apenas 0,21% dos vídeos possuem algum tipo de monetização

A média de visualizações é de 41 views

74% não recebem um único comentário

89% não têm nenhuma curtida

Ou seja: publicar não significa existir.

 

A maioria desses vídeos é curta, muitos feitos com esforço, intenção e expectativa. Mas o destino é quase sempre o mesmo: silêncio algorítmico.

 

O algoritmo não distribui visibilidade — ele seleciona vencedores

O problema não é o criador. É o modelo.

Hoje, em 2025, o cenário é ainda mais duro. Com a explosão de conteúdos gerados por IA, automações, repostagens e grandes redes inflando seus próprios ecossistemas, o algoritmo passou a priorizar quem já tem alcance, verba ou estrutura.

 

A diversidade global existe, mas não aparece. O inglês representa menos de um terço dos vídeos. Idiomas como português, espanhol, árabe e hindi compõem um oceano de conteúdos que são vistos não por pessoas — mas por bots, crawlers e inteligências artificiais.

 

Humanos raramente chegam lá.

Sites como o Astronaut.io escancaram esse submundo digital: vídeos com menos de cinco visualizações, nenhum like, nenhum comentário. Conteúdos que aparecem por segundos e desaparecem para sempre. Uma experiência quase poética — e brutalmente honesta.

Ali, não há empurrão algorítmico. Não há monetização. Não há promessa. Apenas o acaso.

 

O preço da visibilidade virou regra

Hoje, visibilidade não é consequência de qualidade.
É resultado de engajamento forçado, tempo de tela, anúncios pagos e cessão de dados.

 

O criador pequeno compete não apenas com outros criadores, mas com:

grandes marcas

redes profissionais

conteúdos patrocinados

e, agora, com conteúdos sintéticos em escala industrial

Nesse teatro digital, poucos ficam sob os holofotes.
A maioria permanece nos bastidores — invisível, apesar de ativa.

 

E se o problema não fosse o criador, mas o palco?

É exatamente aqui que o contexto muda — e onde as novas plataformas em Nuvem entram como ruptura real, não como promessa.

 

Diferente das plataformas algorítmicas tradicionais, uma TV em Nuvem não depende de recomendação opaca para existir.
Ela organiza, programa, distribui e dá endereçamento real ao conteúdo.

 

O vídeo não “some”.
Ele faz parte de uma grade, de um canal, de uma emissora temática ou regional.
Ele é encontrado, exibido, compartilhado e pode ser monetizado individualmente, sem pedir permissão ao algoritmo.

 

Não se trata de competir com o YouTube.
Trata-se de sair do jogo viciado.

 

O futuro não é viral. É estruturado.

A era da ilusão da fama fácil acabou.
O que começa agora é a era da comunicação organizada, segmentada, regionalizada e sustentável.

 

Onde conteúdo não depende de sorte.
Onde criador não é refém.
Onde visibilidade não é prêmio — é projeto.

 

Convite para o próximo artigo
No próximo conteúdo, vamos mostrar por que a monetização digital favorece os grandes, sufoca os pequenos — e como modelos alternativos, como as TVs em Nuvem, estão redesenhando esse jogo de forma silenciosa, porém definitiva.

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